“É continuar a andar pela rua sem parar… C’est un Voyeur à Paris”

Os Persona 77 são uma banda portuguesa de rock alternativo. O seu som pode ser descrito como uma mistura entre a melodia dos Ornatos Violeta e o peso dos Mão Morta. Mas esta comparação não contém toda a vastidão de territórios musicais que a banda alcança: Persona 77 é exploração sónica, descomprometida, ancorada no rock, mas livre para passear por géneros musicais díspares como a bossa nova, o metal ou o psicadelismo. 

A banda lançou já 2 EP’s e vários singles, o que lhes permitiu atuar por todo o país, desde a Festa do Avante ao palco principal do Festival Liberdade, de Lisboa ao Porto, da Covilhã até ao Algarve. É nas performances ao vivo que o grupo mais se sente à vontade e que os seus temas ganham vida, na comunhão entre artista e espetadores.

Em 2020, os Persona 77 depararam-se, no entanto, com todos os seus concertos da Tour adiados para data incerta, devido à pandemia de Covid-19. Ora, não baixando os braços, a banda abraçou um projeto ambicioso: tocar, gravar e produzir o seu próprio EP, com as escassas ferramentas disponíveis nas casas de cada membro, e lançar este projeto, sem que os membros estivessem, por uma vez, juntos fisicamente. O resultado é “Primitivo”: um conjunto de temas sobre a incerteza e dúvida da situação mundial atual, mas também sobre a esperança e a confiança de que o mal não durará para sempre.

Em 2021, a banda lança o primeiro passo para o novo álbum: “Sálvia”, um tema mais pesado que reflete as influências mais progressivas e pesadas do grupo. O vídeo e música foram, repetindo a fórmula de “Primitivo”, gravadas, compostas e produzidas pelo grupo.

Com o primeiro ensaio feito no final de 2012, a banda daria o primeiro passo mais sério, após a entrada do baixista Filipe Peuch, com o lançamento do single “A Solução” e respetivo vídeoclipe, em 2017. Nos anos seguintes, continuaria a tradição de lançar um single por ano e da respetiva digressão pelo país. Os planos futuros incluem o lançamento do tão esperado 1.º álbum e dum regresso aos palcos, quando a pandemia assim o permitir.